Amostra de vinho do porto raros!
Especialista brasileiro Luiz Horta selecionou produtores com passaporte para Find Importer no Brasil.
A vino Portugal realizou dia 18 de março a primeira edição do Find Importer Day no Consulado de Portugal em São Paulo com objetivo de expandir o mercado de vinhos portugueses no mercado nacional e identificar e dirimir dificuldades entre os importadores, distribuidores e produtores portugueses.
No inicio do ano o jornalista especializado em gastronomia e vinhos Luiz Horta esteve em Portugal, onde degustou 250 vinhos e selecionou os melhores de 20 produtores para participar Find Importer.
Os vinhos selecionados por Horta para estrear no mercado brasileiro provêm das várias regiões, tais como Beira Interior (01), Alentejo (7), Dão (3), Vinho Verde (2), Lisboa (1), Douro (6) e Península de Setúbal (1), algumas delas bem pouco conhecidas dos brasileiros, e que devem surpreender por seu caráter único.
Alguns destaques, o Titular Colheita Selecionada T 2010, castas Touriga Nacional e Tinta Roriz ( Quinta Caminhos cruzados) . Vidigueira vinho branco Antão Vaz” DOC Alentejo 2012( Flavours ), Aromas Premium 2012 ,vinho branco Parus 2011 península de Setúbal ,VR Antão Vaz( Herdade da comporta ) Arrepiado Collection 2008, Vinho Tinto Alentejano, VR Touriga Nacional, Syhah,Petit Vet e cabernet Sauvignon , O Quinta da Sequeira Tinto reserva 2011, Douro , castas Toutiga nacional, Touriga Franca,Tinta Roriz , Tinta amarela e Tinta Barroca, vinho Branco , Reserva Douro 2009 da Quinta do Infantado somente anos especiais Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, Quinta do Romeu reserva 2010, Tinto Douro ,DOC,Touriga Nacional , Touriga Franca e Soução ( produz somente vinhos orgânicos ) Porto Quinta de Devasa de 20, 30 e 40 anos.
Algumas observações do Luiz Horta.
Após a degustação de inúmeros vinhos portugueses, Luiz Horta considera que “Os vinhos portugueses têm algo inestimável no mundo: castas autóctones em profusão, tradição na elaboração e riqueza de estilos. Alguns vinhos da nossa região são bons, pelo aperfeiçoamento de uma casta, como a Malbec na Argentina e a Tannat no Uruguai. Sou entusiasta daqueles vinhos, mas nada consegue superar a pluralidade dos vinhos portugueses. Afinal, onde se encontram coisas como um Madeira, um Porto de 40 anos? Portugal corre no seu próprio trilho, sem concorrentes.”
Para Horta, “Portugal soube inovar sem perder o vínculo com o passado. O horizonte é amplo, há grandes vinhos para qualquer ocasião. No panorama vinícola Portugal só encontra paralelos na França e Itália, oferecendo melhores valores”. O crítico salientou que as provas fortaleceram a sua opinião sobre os vinhos portugueses. “Há regiões esquecidas como o Dão que precisam ser redescobertas e novas regiões. Há muitas uvas pouco conhecidas, há um mundo compactado em um espaço tão pequeno.”
Na opinião de Luiz Horta, o mercado brasileiro “é pouco atrevido, costuma repetir suas certezas. Acho que, pela ligação histórica com Portugal e Itália, precisava arriscar, provar um branco do Douro com bacalhau, um tinto sem madeira do Alentejo com pizza.”
Por Ney Ayres
Fotos Watermag